No coração de um sambista bate um samba ritmado e cadenciado, choroso coração que se derrete ao som do surdo de primeira, de segunda, de terceira… Ritmado pelo repique, pelo chocalho, pelo agogô, o reco-reco, pelo tamborim e pelo gracioso pandeiro que, juntos, aquecem as pernas, indicando os passos perfeitos para qualquer pé de samba… Ah, o doce som do cavaquinho! É gente nova no samba, este tal de cavaquinho? Não sei, mas ele veio para ficar. E, junto dos seus, formam a mais bela canção… Mas o que seria desta sem os belos poemas, verdadeiras obras literárias, que foram melodiados especialmente para compor e acompanhar a harmonização sonora quando estão juntos repique, chocalho, agogô, reco-reco, tamborim, pandeiro, cavaquinho? Talvez apenas palavras ou apenas som… Está aí a junção perfeita! E é com muita alegria, música e poesia que tento expressar o quão grato sou em poder participar, de uma forma singela, do Sarau dos Sambistas, um dos mais belos projetos voltados para apresentar as obras literárias do samba, e que agora chancela mais uma vitória da cultura e da música popular brasileira. As letras e versos, acompanhadas de um belo tom, sempre irão aquecer o coração de um sambista. O meu! (Ivanir dos Santos)