Descrição

Este é o 10º livro que publico, embora esteja terminando o 27º. Sou Escrivão de Polícia e, portanto, meu trabalho é ouvir as mazelas humanas. Todo santo dia tem um se lamentando de algo. Todo dia tem gente se sentindo vitima de alguém. Mas não há santos. Todos precisam admitir uma “mea-culpa”. Calculo que tenha ouvido mais ou menos umas 30.000 pessoas, secretariado uns 10.000 inquéritos. É um bocado de gente e seus problemas. Então, tenho autoridade para relatar o que relato, de dizer o que digo, de afirmar o que afirmo que, no fundo, quem procura uma delegacia, salvo raras exceções participaram de alguma forma no delito. De alguma maneira fazem parte do bando. E, assim, ouvindo pessoas, meu trabalho é colocar num texto técnico seu relato, mas, agora, eu pego meus próprios devaneios e, bebendo nos devaneios de outrem, transformo textos técnicos em poéticos, depois dou uma polida, coloco num quadro e penduro. É isso ai…