Escolher falar da escola como o local da formação para a autonomia dos sujeitos é se apropriar da ideia de que a escola é e sempre será o lugar do fortalecimento e da resistência das camadas menos favorecidas. Neste espaço encontramos cotidianamente enormes disparidades no fazer pedagógico que acabam por enraizar a lógica da exclusão social dentro destes espaços educacionais. A exclusão perpassa os muros da escola, mas se concentra em práticas eminentemente discriminatórias ainda no interior das escolas. A própria lógica das relações de poder dentro dos ambientes educativos reforça a construção de mecanismos excludentes, que não permite avanços significativos na construção de uma prática educativa que seja amplamente libertadora. Que valores sociais circundam a vida destes professores? O que os fazem continuar lecionando? É pertinente que estas reflexões nos possibilitem tirar conclusões que alimente este olhar sobre a educação e a escola. É inegável a necessidade de refletir sobre a importância dos professores entenderem a educação como extensão da sua vida. Necessário tecer reflexões em que reforce a lógica de que todo educador precisa sentir-se pertencente a esta causa e nela se aprimorar cultural e politicamente.